Legalização da Maconha: Palestra de um dos maiores especialistas do mund...



Legalização da Maconha: Vídeo da magnífica palestra de um dos maiores especialistas do mundo em legalização de drogas, Kevin Sabet, em São Paulo, neste fim de semana passado. Imperdível! Compartilhe! Assista a + vídeos: www.youtube.com/playlist?list=PLK2BlVKy-eZds5bDT-zJcgCizVOKs1F57. Curta www.facebook.com/movimentobrasilsemdrogas?fref=ts. Compartilhe com seus amigos!

Em meio a tantas falácias sobre o assunto e quase que somente convidados pró-legalização no Senado, conheça alguns dos muitos argumentos dos defensores da vida!

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RELEMBRANDO:

​Seg(08/9/14) 9h: 3ª Aud. Púb. s/a Legalização da maconha!

Solicitamos a todos que, se possível, compareçam à audiência, já iniciem a postagem de comentários no portal https://www12.senado.gov.br/ecidadania - Sugestão nº 08/2014.

Sua presença, comentários na net e e-mails para os senadores são muito importantes.

Local: Plenário nº 2, Anexo II, Ala Senador Nilo Coelho, Senado Federal.

Sugestão nº 8/2014, que trata da regulamentação do uso recreativo, medicinal ou industrial da maconha.

O relator é o Senador Cristovam Buarque.



Conheça o Manifesto da Ass. Bras. de Psiquiatria (ABP):

http://www.abp.org.br/manifesto/manifesto.pdf

Hoje, Sáb(30/8) 19h, falarei na Semana Esp. do CE Bezerra de Menezes Brazlândia e amanhã, Dom(31/8) 17h,Palestra da Mostra Esp. Formosa/GO

Hoje, Sáb(30/8) 19h, farei palestra na Semana Espírita do CE Bezerra de Menezes em Brazlândia/DF e amanhã, Dom(31/8) 17h - Palestra da Mostra Esp. Formosa/GO
"Chico Xavier e a Alegria de Servir" Inf.: Fernando Samuel - fernandoosamuel@gmail.com


IV MOSTRA DO CONHECIMENTO ESPÍRITA

A Mostra do Conhecimento Espírita é uma exposição sobre temas estudados e difundidos pelo Espiritismo. O evento ocorre em praça pública na cidade de Formosa-GO, onde é montado várias estruturas onde há  apresentação de Grupos de Canto e teatral espíritas, palestras sobre o tema, espaço para crianças com evangelização infantil,feiras do livros espíritas e de artesanato confeccionados nos Centros Espíritas da região.

A IV Mostra do Conhecimento Espírita tem como tema "Caridade: o caminho" e contará com as seguintes participações:
  •   Palestras (duas) de Saulo Cesar e Nazareno Feitoza (FEDF);
  •   Coral do Centro Espírita Fraternidade Emmanuel (CEFE – Planaltina-DF);
  •   Coral do Centro Espírita Maria de Madalena (CEMA – Planaltina-DF);
  •   Coral Canto da Paz (CECAP – Planaltina-DF),
  •   Grupo Cantando Boas Novas (COECX – Formosa-GO,
  •   Peça "A Caridade" do Teatro Espírita Sementeiros do Evangelho
  •   Peça "Semeadora do Evangelho" do Grupo Espírita Operário da Espiritualidade
O evento é organizado pelos centros espíritas de Formosa: Associação Espírita São João Batista, Casa Espírita Santo Agostinho, Comunhão Espírita Chico Xavier, Comunhão Espírita Lar de Maria e conta com o apoio da 4ª CRE/FEDF.

Alguns dos efeitos da maconha e da sua legalização - Psiquiatra Valentim Gentil



Alguns dos terríveis efeitos da maconha - Psiquiatra Valentim Gentil Filho.

Em meio a tantas falácias sobre o assunto e quase que somente convidados pró-legalização no Senado, conheça alguns dos muitos argumentos dos defensores da vida! 

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RELEMBRANDO: 

​Seg(08/9/14) 9h: 3ª Aud. Púb. s/a Legalização da maconha! 

Solicitamos a todos que, se possível, compareçam à audiência, já iniciem a postagem de comentários no portal https://www12.senado.gov.br/ecidadania - Sugestão nº 08/2014.

Sua presença, comentários na net e e-mails para os senadores são muito importantes. 

Local: Plenário nº 2, Anexo II, Ala Senador Nilo Coelho, Senado Federal.

Sugestão nº 8/2014, que trata da regulamentação do uso recreativo, medicinal ou industrial da maconha. 

O relator é o Senador Cristovam Buarque.


Conheça o Manifesto da Ass. Bras. de Psiquiatria (ABP):

http://www.abp.org.br/manifesto/manifesto.pdf

Legalização da Maconha - 3ª Audiência Pública Senado - Nazareno Feitosa ...



Legalização da Maconha - 3a. Audiência Pública Senado - Cristovam Buarque - Fala do Conferencista e Especialista em Dependência Química e Criminologia, Policial Federal Nazareno Feitosa em 2014.08.25. Se esse vídeo pode ser útil, clique em "gostei/curtir" no Youtube e compartilhe em suas redes sociais. Inscreva-se no canal www.youtube.com/nazarenofeitosa. Participe das próximas audiências públicas quinzenais, assista ao vivo e comente no portal e-cidadania do Senado pela internet www12.senado.gov.br/ecidadania




Dom(31/8) 15h-19h: IV Mostra do Conhecimento Espírita - Formosa/GO

IV MOSTRA DO CONHECIMENTO ESPÍRITA

  Publicada em 31/07/2014 21:03:40
A Mostra do Conhecimento Espírita é uma exposição sobre temas estudados e difundidos pelo Espiritismo. O evento ocorre em praça pública na cidade de Formosa-GO, onde é montado várias estruturas onde há  apresentação de Grupos de Canto e teatral espíritas, palestras sobre o tema, espaço para crianças com evangelização infantil,feiras do livros espíritas e de artesanato confeccionados nos Centros Espíritas da região.

A IV Mostra do Conhecimento Espírita tem como tema "Caridade: o caminho" e contará com as seguintes participações:
  •   Palestras (duas) de Saulo Cesar e Nazareno Feitosa (FEDF);
  •   Coral do Centro Espírita Fraternidade Emmanuel (CEFE – Planaltina-DF);
  •   Coral do Centro Espírita Maria de Madalena (CEMA – Planaltina-DF);
  •   Coral Canto da Paz (CECAP – Planaltina-DF),
  •   Grupo Cantando Boas Novas (COECX – Formosa-GO,
  •   Peça "A Caridade" do Teatro Espírita Sementeiros do Evangelho
  •   Peça "Semeadora do Evangelho" do Grupo Espírita Operário da Espiritualidade

O evento é organizado pelos centros espíritas de Formosa: Associação Espírita São João Batista, Casa Espírita Santo Agostinho, Comunhão Espírita Chico Xavier, Comunhão Espírita Lar de Maria e conta com o apoio da 4ª CRE/FEDF.

Legalização da maconha: Opinião de um dos maiores especialistas do Mundo, Kevin Sabet da ONU

Legalização da maconha: Opinião de um dos maiores especialistas do Mundo, Kevin Sabet da ONU

DESCRIMINALIZAR MACONHA NÃO AFETA TRÁFICO, DIZ ESPECIALISTA DO GOVERNO DOS EUA

Domingo, 24 Agosto 2014 14:48
Descriminalizar maconha não afeta tráfico, diz especialista do governo dos EUA

O ESTADO DE S. PAULO

Liberação da venda legal poderia gerar indústria milionária, com foco no público jovem e impactos na saúde pública, segundo Kevin Sabet

Descriminalizar a maconha não acabaria com o tráfico, aumentaria o número de usuários e criaria uma indústria milionária com foco nos consumidores jovens, como a do tabaco. A opinião é do sociólogo Kevin Sabet, especialista do Escritório de Política Nacional de Controle às Drogas do governo dos Estados Unidos. Sabet, que trabalhou para os governos de Bill Clinton, George W. Bush e Barack Obama, apresentou em São Paulo neste sábado, 23, a palestra “Impacto da Legalização das Drogas”.
O evento, realizado no Palácio dos Bandeirantes, foi organizado pela Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), presidida pelo psiquiatra Ronaldo Laranjeira. Coordenador do Programa Recomeço, iniciativa do governo paulista para o combate ao crack, Laranjeira é conhecido pela oposição radical à descriminalização das drogas.
Segundo Sabet, a maconha tem efeitos nocivos à saúde que são mal compreendidos pela sociedade porque demoram a se manifestar. "Outro fator que afasta do público o conhecimento que a ciência tem sobre os efeitos deletérios da maconha é uma campanha milionária financiada por lobistas que estão interessados na legalização", disse. De acordo com ele, a legalizar a venda não iria destruir o tráfico. "Os traficantes continuariam vendendo mais barato", afirmou.
O sociólogo afirmou que a liberação da maconha faria explodir o número de usuários. "Uma droga legal como o tabaco é usada por 16% da população no Brasil e 25% nos Estados Unidos. Quando uma droga é normalizada, mais pessoas usam. Será que queremos legalizar uma substância como a maconha que hoje é utilizada só por 2% dos brasileiros e 8% dos norte-americanos", questionou. "Quando uma droga é legalizada, ela se torna cultuada pelos jovens como uma porta de entrada na vida adulta, como acontece com o cigarro e o álcool", declarou Sabet.
De acordo com Sabet, a liberação da venda legal da maconha no estado do Colorado gerou uma indústria milionária que se dedica à promoção do vício. "As empresas do lobby pró-maconha só estão preocupadas com dinheiro. Eles querem legalizar para faturar. Como a indústria do álcool e do tabaco, essas empresas não vão faturar com o usuário casual. Elas querem incentivar o uso pesado", afirmou. Segundo ele, nos Estados Unidos, 80% da bebida alcoólica vendida é consumida por 20% dos usuários de álcool. "O melhor alvo para essa indústria são as crianças. Eles farão embalagens atraentes e utilizarão as mesmas estratégias de marketing desenvolvidas pela indústria do tabaco. No Colorado, temos uma preocupante intersecção da indústria da maconha com a bolsa de valores", disse.
Para Sabet, o uso da maconha aumenta os níveis de dependência de uma população aos programas sociais, faz crescer o desemprego, diminui os níveis de renda e escolaridade. "O uso da maconha também é um fator de risco importante para distúrbios mentais. Isso não acontece, por exemplo, com o tabaco, o álcool e a cocaína" declarou. "Além disso, a maconha transgênica produzida hoje é de 10 a 20 vezes mais forte que a produzida nos anos 70. Isso leva a quadros de psicose e pânico", afirmou. 
Sabet declarou também que há indícios de que a maconha diminui o QI dos usuários. Ele citou um estudo feito com mil usuários que fumavam maconha mais de três vezes por semana da adolescência aos 38 anos. "Os resultados mostraram que eles tiveram uma redução considerável no QI, de 6 a 8 pontos. Essa é a diferença entre conseguir ou não o emprego que se quer", disse ele.

LEGALIZAR MACONHA É CRIAR NOVA INDÚSTRIA DO VÍCIO, DIZ CONSELHEIRO DE OBAMA

Sábado, 23 Agosto 2014 17:24
Ana Ikeda - Do UOL, em São Paulo
Junior Lago/UOL
  • Para Kevin Sabet, 35, usar o termo "maconha medicinal" só confunde as pessoas. "Nós não chamamos a morfina de 'heroína medicinal'"
    Para Kevin Sabet, 35, usar o termo "maconha medicinal" só confunde as pessoas. "Nós não chamamos a morfina de 'heroína medicinal'"
Legalizar o uso da maconha cria mais uma "indústria do vício" e, ainda, não ajuda a acabar com o tráfico, afirma Kevin Sabet, 35, especialista norte-americano que integrou a equipe de controle de drogas do governo de Barack Obama. Para ele, a politização do "tema da moda" mascara o impacto da droga na saúde pública, cujo consumo cresce entre adolescentes.
Em entrevista exclusiva ao UOL, Sabet mostrou dados de uma pesquisa recente que apresentará na palestra "Impacto da legalização das drogas", organizada pela SPDM - Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina. O evento ocorre neste sábado (23) em São Paulo.
Um dos casos analisados por Sabet é o do Colorado, que permite tanto o uso da "maconha medicinal" (desde 2001) como recreativa (a partir deste ano). No Estado, a venda da droga é proibida para menores de 21 anos. Mesmo assim, sete em cada dez adolescentes em tratamento contra dependência química admitiram ter usado maconha medicinal de outra pessoa –e, em média, isso ocorreu 50 vezes.
Ainda no Colorado, Sabet afirma que o número de jovens entre 12 e 17 anos que usaram maconha cresceu de 8,15% (em 2009) para 10,47% (em 2011), bem acima da média nacional, que é de 7,55%.
No caso de adultos no Estado, dobrou o número de motoristas que, sob o efeito de maconha, se envolveram em acidentes de carro com morte. O índice passou de 5% em 2009 para 10% em 2011.
Nos 19 Estados norte-americanos que permitem o uso de maconha em tratamentos médicos, Sabet diz que três em cada cinco estudantes do último ano do ensino médio conseguem drogas com "amigos". Só 25% compram drogas de traficantes ou estranhos. A margem de erro não foi informada.
Arte/UOL
Mapa da legalização da maconha nos EUA
  •  
    Uso medicinal e recreativo legalizado
    Colorado e Washington
  •  
    Uso medicinal legalizado
    Arizona, Califórnia, Connecticut, Delaware, Distrito de Columbia, Havaí, Illinois, Maine, Maryland, Massachussets, Michigan, Montana, Nevada, New Hampshire, New Jersey, Novo México, Oregon, Rhode Island, Vermont
  •  
    Legalização em análise
    Flórida e Alaska
O sociólogo, que estuda há 18 anos políticas em relação a drogas e atualmente é conselheiro sênior do Instituto de Pesquisa de Crimes e Justiça da ONU (Organização das Nações Unidas), diz que os números são alarmantes. "É a inauguração de uma nova indústria que quer apenas aumentar o vício das pessoas."
Até mesmo o uso da maconha para tratamento médico é desaprovado por Sabet. "Nós não chamamos a morfina de 'heroína medicinal'. Usar o termo 'maconha medicinal' só confunde as pessoas e vem acompanhado da crença de que você tem de fumar para obter os benefícios", critica. 
Atualmente, ele se dedica ao Projeto SAM – Smart Approaches to Marijuana (Abordagens Inteligentes para a Maconha). A organização sem fins lucrativos tem como missão diminuir o uso de maconha no mundo, "sem demonizar, nem legalizar" a droga. 

Confira abaixo a íntegra da entrevista:

UOL – O senhor concorda com a legalização da maconha para fins medicinais e para recreativos?
Kevin Sabet –
 Muitas vezes o debate é pintado em branco e preto, como se você tivesse de ser ou a favor dos altos gastos com criminosos ou a favor da legalização. Eu não concordo com isso.
Acho que existem muitas políticas mais inteligentes que não caem nessa polarização. O que estamos vendo em Estados como Colorado e Washington [onde o uso medicinal e recreacional da maconha é permitido] é a inauguração de uma nova indústria que quer apenas aumentar o vício das pessoas.
 Junior Lago/UOL É muito curioso que tenhamos políticos que já não ocupam mais cargos executivos a favor da legalização. É a última moda, faz com que eles voltem ao noticiário e os torna mais relevantes. Não sei no Brasil, mas nos Estados Unidos, quando você se torna ex-presidente, você já não é mais relevante Kevin Sabet
 
O tipo de legalização que me preocupa é a que está acontecendo nos Estados Unidos e que tende a acontecer no restante do mundo: a industrialização e promoção de outra indústria viciante.
Em termos de efeitos, também temos de pensar, seja em relação à maconha e outras drogas como cigarro e até mesmo álcool, no futuro da nossa força de trabalho. Que tipo de trabalhadores e estudantes queremos? É claro que não queremos promover o uso de cigarros para nossos estudantes, mas se você vai para a escola e é fumante, a sua cognição não é diminuída, você ainda consegue aprender. Você não vai ter câncer de pulmão amanhã. Mas no caso da maconha é diferente. Ela prejudica a pessoa em termos de aprendizado, memorização, atenção, motivação.
Já vivemos um desastre em relação à indústria do tabaco e do álcool, e acho que não queremos elevar a maconha a esse nível.
UOL – Há diversos estudos, citados inclusive sobre a maconha ajudar pacientes com câncer, desde conter o crescimento de tumores, estimular o apetite, diminuir a náusea e aliviar a dor. Diante de tantos benefícios, é possível defender a proibição total da droga?
Sabet –
 Ter medicamentos que usam substâncias derivadas da maconha é algo promissor. Mas nós não fumamos ópio para ter os efeitos da morfina. Nós não chamamos a morfina de "heroína medicinal". Usar o termo "maconha medicinal" só confunde as pessoas e vem acompanhado da crença de que você tem de fumar para obter os benefícios.
Nos Estados Unidos, os chamados "usuários" dessa maconha medicinal são em 98% dos casos homens entre 30 e 40 anos sem câncer terminal. Eles também não são soropositivos para HIV, não têm esclerose múltipla nem esclerose lateral amiotrófica. Basicamente, eles têm dor na região lombar. Lógico que devemos tratar a dor deles, mas há outras saídas.
A impressão das pessoas é que a maconha é boa porque há pacientes morrendo de câncer que precisam dela. Mas, francamente, se você está morrendo de câncer, com seis meses de vida, eu não ligo para o que você vai usar [para dor].
Além disso, as leis estão sendo escritas de forma muito ampla e, em muitos Estados americanos, a legislação é defeituosa. O Colorado começou a vender a droga em 2008. Tudo o que você precisa é ser maior de 18 anos e ter dor de cabeça para conseguir maconha.

Você é a favor da legalização da maconha?

  • Sim, tanto para uso medicinal como recreativo
  • Sim, mas apenas para uso medicinal
  • Não, em nenhuma ocasião
UOL – O que devemos fazer então para ajudar pacientes que precisam da "maconha medicinal"?
Sabet – 
Temos de realizar programas especiais de pesquisa que deem acesso aos pacientes a medicamentos experimentais. Não devemos vender maconha na esquina, em uma loja, e dizer que é remédio, porque esse não é a forma de atuar da medicina. Eu não gosto dessa politização da medicina, a medicina deveria estar no campo científico. Se cientistas no Brasil disserem amanhã que precisamos fumar maconha para obter os efeitos [benéficos], temos de entender o porquê disso e aprender. Mas não acho que é o caso atual.
Vamos estudar os componentes da planta. Eu sei que pode ser muito bom para um político dizer que é a favor da maconha medicinal. Mas, sinceramente, não devemos confiar em políticos falando sobre questões científicas [risos]. Vamos ouvir os cientistas. E eles não estão dizendo para você fumar um baseado para se livrar do seu câncer.  
UOL – No começo do ano, Obama disse que fumar maconha não é mais perigoso do que beber álcool, mas frisou que, de qualquer modo, é "uma ideia ruim". O senhor concorda com ele?
Sabet –
 Primeiro, não acho saudável que haja essa equivalência de dizer que uma coisa é melhor que outra, porque são diferentes. O álcool afeta o seu fígado, a maconha afeta os seus pulmões. O álcool afeta certas partes do seu cérebro, a maconha, outras.
No caso do álcool, nós temos uma aceitação cultural. O álcool não é legalizado porque é um sucesso para a saúde pública. Ele é legalizado porque vem sendo usado há milhares de anos na cultura ocidental, essa é a única razão.
No caso da maconha, ela não é usada há milhares de anos pela maioria da população ocidental e não queremos repetir a experiência [como a do álcool] de novo.
Eu conheço muito mais pessoas que bebem uma taça de vinho sem intenção de ficarem bêbadas. Não conheço quem fume um baseado sem o intuito de "ter um barato". A razão para fumar um baseado é se drogar. Eu não bebo, então não teria como explicar propriamente, mas não estou justificando fazer uma coisa e não outra. Há uma diferença cultural em relação ao álcool que torna a comparação com a maconha falsa.
UOL – Nosso ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, é um dos defensores da legalização da maconha. O que o senhor acha de políticos como ele?
Sabet –
 É muito curioso que tenhamos políticos que já não ocupam mais cargos executivos a favor da legalização. É a última moda, faz com que eles voltem ao noticiário e os torna mais relevantes. Não sei no Brasil, mas nos Estados Unidos, quando você se torna ex-presidente, você já não é mais relevante [risos]. Ninguém mais fala de George W. Bush, nem mesmo do Bill Clinton.
É uma abordagem muito simplista. Visitem as favelas. Você acha que mais drogas vão ajudar essas comunidades? Isso oferece alguma esperança a eles? Não é uma visão esperançosa
UOL – Se você fosse candidato à presidente do Brasil e em um debate fosse perguntado se é a favor ou contra a legalização da droga, o que falaria?
Sabet –
 Eu defenderia uma abordagem ligada à saúde em relação às drogas em geral. Isso significa aumentar o acesso a tratamento, com intervenção precoce, com treinamento dos médicos para identificar os sinais do vício. Tratar todos os problemas bem cedo, sem esperar que alguém dê entrada no hospital porque está usando crack ou cocaína há quatro anos. Quero que descubram o vício já no primeiro mês de uso para evitar o agravamento da doença.
E eu certamente não iria querer começar uma nova indústria como a do tabaco ou do álcool, vendendo a droga. E eu também olharia para as questões fundamentais. Por que as pessoas estão usando crack? O que acontece na comunidade onde vivem? São questões muito mais difíceis, mas são muito mais importantes do que dizer se devemos legalizar uma droga ou não.
UOL – Os dados colhidos pelo senhor sobre o Colorado mostram que a legalização da droga teve consequências ruins, principalmente para adolescentes.
Sabet –
 Isso acontece porque a legalização não elimina o mercado negro, o tráfico. E essa é a promessa, de que vamos nos livrar das gangues. As gangues estão muito felizes agora porque eles têm preços mais baixos. No Colorado, custa US$ 300 (R$ 684) para se comprar 35 gramas de maconha legalizada. Com traficantes, o preço é US$ 150 (R$ 342) para a mesma quantia da droga. Você não vai à loja de maconha recreacional para pagar o dobro do preço? Além disso, a venda é proibida para menores de idade. Se quiserem maconha, onde vão comprar? Com traficantes. Todas essas promessas de que o tráfico iria acabar e o recolhimento de impostos aumentar não estão se concretizando. O governador do Colorado, pela quinta vez consecutiva, diminuiu a estimativa de recolhimento de impostos com esse comércio.
 Junior Lago/UOL Não vou dizer que um pai de uma criança que sofre centenas de convulsões por dia não deve usar algo que vai ajudá-la. Traficar ou plantar a maconha no quintal não resolve o problema, tampouco. É preciso regulamentar o uso do canabidiol Kevin Sabet
 
UOL – Então, como acabar com o tráfico da droga?
Sabet – 
A única maneira que haveria para acabar com o tráfico é vender a droga a custo de produção. Em outras palavras, seria como tentar se livrar do tráfico de crack ou cocaína vendendo a droga por centavos para cada dose. Do ponto de vista da saúde pública, você não quer isso. Você quer justamente aumentar os impostos do cigarro, você tenta aumentar os custos porque quanto mais caro, menos pessoas vão querer aquilo. Você talvez consiga se livrar de alguns dos malefícios e reduzir um pouco o tráfico, mas não eliminá-lo. A saída, mais uma vez, é diminuir o número de viciados com tratamento e campanhas de conscientização.
UOL – No caso dos adultos, o senhor mostra que dobrou o número de acidentes com mortes envolvendo motoristas sob efeito da maconha no Colorado.
Sabet –
 Defensores da legalização poderiam até argumentar que os motoristas "não estavam sob efeito da droga", mas como eram acidentes fatais, testes nas vítimas mostraram altos níveis das substâncias derivadas da maconha nos organismos. Claro que nem todo acidente causado por um motorista bêbado ocorre devido à ingestão do álcool. É o mais provável, podia ter ocorrido porque ele enviava um SMS no momento. Mas é um grande fator de risco.
Muitos adolescentes pensam que dirigir sob influência da maconha é seguro. Mas costumo dizer que é perigoso dirigir, em uma via cujo limite é 70 km/h, tanto a 30 km/h como a 100 km/h. Mesmo que a maconha torne você mais lento, isso também é perigoso. Ela também afeta o seu senso de profundidade e seu tempo de reação.
UOL – Não deveria haver leis mais severas no Colorado contra esses motoristas?
Sabet –
 O problema da legalização é que você cria espaço para um grupo político completamente novo, que fará de tudo para tornar o acesso à droga o mais fácil possível. Então, durante as campanhas de legalização eles dizem: "não se preocupe, nós vamos fiscalizar e regulamentar". No minuto seguinte, eles se esquivam. No poder, eles detêm o dinheiro, vão influenciar o conselho das cidades pequenas, dar dinheiro aos políticos para criar 20 lojas vendendo maconha em uma comunidade local. Ou seja, você tem esses defensores que vão tentar minimizar todos os malefícios de dirigir sob influência da droga. A mensagem deles para as crianças, por exemplo, é que fumar maconha é mais seguro que beber álcool.   
UOL – Se legalizar não é uma opção, quais seriam então as propostas para reduzir o consumo da droga?
Sabet –
 A questão é: o que você acha pior? Um mercado legal que atingirá 25 a 50% da população, porque vai aumentar o uso da droga, ou um mercado ilegal que chega a 7%? As duas coisas são ruins, mas eu optaria pelo segundo cenário e trabalharia para reduzir essa taxa.
Precisamos de campanhas de prevenção e conscientização melhores, principalmente para adolescentes. Nos últimos dez anos, as pesquisas científicas avançaram tremendamente no que diz respeito aos efeitos da droga no cérebro dos adolescentes mas, ao mesmo tempo, a percepção desses jovens dos malefícios da maconha está diminuindo. Isso se deve muito às discussões sobre legalização.
Muitas pessoas acham que a maconha não vicia, mas vicia sim. E também está associada a doenças mentais graves. Precisamos de mais campanhas, mais pesquisas, mais tratamento. No caso do tráfico, precisamos dar mais alternativas aos jovens, para que a venda da droga não se mostre mais lucrativa que um trabalho legítimo. É necessário resolver os problemas sociais.
UOL – O Uruguai recentemente legalizou a venda da droga do país, que deveria começar em novembro, mas foi postergada para 2015. Isso justamente porque o governo ainda estuda métodos eficientes para identificar quem compra. Na ocasião, José Mujica criticou o modo como a droga vem sendo legalizada nos EUA, "de qualquer jeito" e "com irresponsabilidade que assusta". O senhor concorda com Mujica?
Sabet –
 Ele é muito inteligente ao dizer que não quer copiar a situação do Colorado e de Washington, porque isso seria um desastre total. Não ficaria surpreso se a venda da maconha no Uruguai nem mesmo comece ou, ainda, nunca aconteça. Não é uma medida popular, o governo gastou alguns milhões em campanhas tentando convencer as pessoas de que isso é algo bom, e mesmo assim 70% são contra.
O argumento racional é "vamos acabar com o tráfico", mas, de novo, a menos que você dê a droga, dê maconha para crianças de 10 anos, ainda vão existir traficantes. E não é isso que você quer. O próprio presidente [Mujica] disse que não gosta da maconha, não é a favor dela, só quer controlá-la. Essa é uma abordagem muito melhor que a dos Estados americanos. Ele é muito mais honesto que alguns caras nos EUA. Mas ainda assim não acho que os uruguaios tenham um programa viável. Eles estão percebendo que é muito mais complicado do que acharam que seria. Então, boa sorte para eles. Sou muito cético.
UOL – Para os Estados Unidos, é preocupante que um país latino-americano legalize a maconha?
Sabet –
 Não sei se seria um problema, mas é estranho para os Estados Unidos. O país não quer a legalização, mas está acontecendo no âmbito estadual. O governo norte-americano simplesmente vai ignorar a questão. Para ser sincero, só vemos eles [Uruguai e Mujica] mencionados no jornal quando o tema é maconha. Eles [Obama e Mujica] nem conversaram sobre isso quando se encontraram. Então, não é uma preocupação para os Estados Unidos.
UOL – Recentemente, tivemos aqui no Brasil o caso de uma menina de cinco anos com epilepsia grave que causava mais de 60 convulsões diárias. Após o canabidiol, ela teve sensível melhora no estado de saúde. Porém, os pais estavam "contrabandeando" a substância, e não estavam satisfeitos com isso. Como é essa questão nos EUA?
Sabet –
 Também temos esse problema nos Estados Unidos. Mais de 400 crianças estão recebendo canabidiol na forma líquida legalmente pelo governo. No entanto, você não tem dados que mostrem a eficácia da substância. Se um pai está de acordo de que a substância é experimental, sem comprovação, então por mim tudo bem. Não vou dizer a um pai de uma criança que sofre centenas de convulsões por dia para não usar algo que vai ajudar.
Mas traficar ou plantar a maconha no quintal não resolve o problema. É preciso regulamentar o uso do canabidiol pelas áreas farmacêuticas e de saúde.

FONTES:

Coletânea de alguns argumentos contra a legalização da maconha - Nazareno Feitosa

Coletânea de alguns argumentos contra a legalização da maconha - Nazareno Feitosa*

VIOLÊNCIA NÃO É PROVOCADA SÓ PELA REPRESSÃO
O principal motivo do aumento do consumo de drogas não é a repressão, mas o MATERIALISMO, do ateísmo, consumismo, das desigualdades sociais, falta de educação, de emprego, de paternagem, de limites, de educação moral e espiritual, pelo aumento de mães solteiras, crianças abandonadas, da publicidade, da impunidade, da apologia e exemplos dos famosos, da expansão do álcool, da facilidade de acesso às drogas, da mudança da legislação em 2006 (que aumentou a permissividade e que acabou com a justiça terapêutica), campanhas dizendo que a maconha não faz mal, que seria menos danosa que o cigarro e pelo grande aumento das CO-MORBIDADES: DEPRESSÃO, Bipolaridade, Ansiedade, Transtorno Obsessivo Compulsivo, Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade, etc., que levam ao consumo de entorpecentes.
Também pelo aumento do número de “folgados” (quarentões solteiros), falta de responsabilidade, de filhos, de esposa, de um lar (IT).
O Brasil é rota para o tráfico internacional. São 17 mil quilômetros de fronteira seca. É vizinho dos três maiores produtores do planeta. Cocaína e crack aqui são baratos. Tem uma gigantesca rede de pequenos traficantes.
Crença equivocada na descriminalização: Jovens acham que a Lei de 2006 não pune (não pune com cadeia, mas é crime). Fumam na frente da polícia, nos estádios, nas ruas.
No Brasil, após a mudança da lei em 2006, houve uma explosão do consumo de drogas.
O álcool está presente em quase todos os crimes: Grande maioria dos Homicídios, estupros, assaltos, violência doméstica, pedofilia, acidentes automobilísticos.
A criminalidade no Brasil também aumentou por estes vários motivos e não pelas drogas ilícitas.
O consumo explodiu com a mudança na lei que descarcerizou o consumo e o fim da justiça terapêutica.

PARA QUE MAIS UMA DROGA LÍCITA?
Já temos duas drogas lícitas que estão destruindo a nossa sociedade. Legalizar mais uma?
Combatamos o álcool, proibindo a propaganda. Uso em locais e horários restritos.
A maior parte da violência é por conta das drogas lícitas e não das drogas ilícitas é o caso do álcool. Teremos a maconha produzindo mais acidentes automobilísticos

EFEITOS DA MACONHA
Grande diminuição dos vínculos afetivos, do interesse pelo estudo, trabalho, esporte, lazer, família, sexo, etc., levando a um processo gradual de alienação e expondo a pessoa a utilizar outras drogas.
Maconha reduz a coordenação motora. No Brasil, a maior causa de mortes de jovens de 15 a 29 anos são acidentes automobilísticos. Queremos elevar essa estatística?
Imagine motoristas de ônibus e pilotos de avião sobre o efeito da maconha outras drogas
No Brasil, ninguém é obrigado a produzir provas contra si mesmo. Não poderíamos obrigar a um teste como o do bafômetro e os sinais exteriores não permitem comprovar que o motorista usou maconha.
Se usada na adolescência, pode reduzir o QI em até 8 pontos. Provoca evasão escolar.
Diminui os vínculos familiares, o interesse pelos estudos, esportes, trabalho, etc.
40% dos usuários de maconha usam cocaína e setenta por cento dos usuários de cocaína usam maconha (LENAD).
Maconha tem 80 a 100 substâncias que ainda não foram bem pesquisadas. Não sabemos tudo o que ela provoca no organismo humano.
Maconha produz dependência química e psíquica e tolerância (OMS, NIDA).

ADOLESCENTES
62% dos usuários de maconha começaram a utilizar as drogas antes dos 18 anos de idade (LENAD). Portanto, falar de legalizar maconha é falar de adolescentes.
Usada na adolescência, tem o mesmo índice de dependência da cocaína (ABP)
A maconha de hoje tem muito mias THC. As pesquisas sobre a redução do QI nos adolescentes que utilizam maconha foram realizadas a partir de 1969, quando os índices do componente ativo eram de cerca de seis por cento hoje a maconha tens de até 25 por cento (quatro vezes maior do que antes).

EFEITOS DA LEGALIZAÇÃO
O consumo das drogas aumentaria muito. Quando dizem que não aumentou em alguns países, é porque as estatísticas anteriores eram inflacionadas como ocorreu com o aborto nos EUA.
O tráfico continuará existindo. Os traficantes não vão simplesmente desaparecer.
A maconha só corresponde a 20% do faturamento do tráfico. Vão continuar traficando ela e outras drogas.
Quem vai experimentar? Quem tem mais de 50 anos? Não. Serão os adolescentes que irão experimentar.
Por que alguns países têm consumo de heroína ao invés de outras drogas? É porque depende do acesso a essas drogas, o uso transformou em costume.
O exemplo da cracolândia é uma verdadeira caricatura da legalização.
Se legalizar e o preço ficar muito alto o tráfico vai continuar existindo. Se baixar o preço vai ter um aumento do consumo. Uruguai estuda criar subsídio para o preço competir com o tráfico.
Se legalizar a maconha seria muito difícil voltar atrás, pois milhares de pessoas ficarão dependentes.
Legalizar e dizer que a maconha é medicinal é diminuir a noção de risco sobre a droga. Estaremos dando uma falsa impressão que o consumo de drogas é algo moral. Se é lícito, é aceitável, é saudável.
E quando o pai questionar o adolescente sobre o uso de maconha? Ele vai retrucar: - Foi legalizada! Eu não estou fazendo nada ilegal!
Dificultará a fiscalização de outras drogas, já que a maconha é volumosa e mal-cheirosa, fácil de detectar.

USO TERAPÊUTICO: SOMOS A FAVOR, MAS COM CAUTELA
Maconha em si mesma não é medicinal. São algumas de suas substâncias como os canabinóides. Em algumas aplicações, o THC. Efeitos colaterais gravíssimos. Necessidade de mais pesquisas.
Na Califórnia, a maioria dos pacientes que está usando maconha terapêutica são adolescentes alegando dor nas costas. Repórter brasileiro consegue facilmente receita e carteira de usuário medicinal (matéria da TV)
"Nós não chamamos a morfina de 'heroína medicinal'. Usar o termo 'maconha medicinal' só confunde as pessoas e vem acompanhado da crença de que você tem de fumar para obter os benefícios" (KS)

CRIMINOLOGIA
ESTIGMA SOCIAL: Os negros e os pobres vão continuar sendo presos. Não é a droga que provoca a sua prisão, mas o estigma social. Se legalizar, continuarão sendo presos.
Se o problema é a cadeia, modifiquemos as penitenciárias. Se fosse por isso, não devemos prender mais nenhum criminoso. Todos têm que responder pelos seus atos.
Também há estatísticas falaciosas sobre o número de presos pela droga. Os principais crimes são provocados pelo álcool.

REDUÇÃO DE DANOS
A teoria de que a maconha ajuda no tratamento do crack é baseada em uma única pesquisa, na verdade uma “observação” há 15 anos e nunca mais foi repetida. Atualmente, não há evidências científicas a esse respeito (RL).
Dar maconha para quem tem problemas mentais como os usuários de crack, uma droga que provoca surtos psicóticos é um grande risco!
A entidade Amor Exigente já acompanhou várias pessoas que fizeram isso e foi um grande desastre.
Política de redução de danos da Inglaterra: Somente 4% deixaram de usar drogas (RL)

SAÚDE
O número de leitos para atendimento hoje já é extremamente deficiente
A União não tem um percentual mínimo para investir em saúde. Somente os estados e os municípios.
O sistema único de saúde do Brasil está praticamente falido
É muito mais fácil legalizar do que querer mudar a educação, a saúde, segurança, desemprego, fortalecer o sistema judicial, etc. do nosso país.

REPRESSÃO EFETIVA TAMBÉM REDUZ O CONSUMO
Quando o ópio foi legalizado na china, 25% da população utilizava. Com a proibição, praticamente desapareceu.
No caso do álcool é uma droga diferente, pois já está arraigado na nossa sociedade, diferentemente da maconha. A Lei seca nos Estados Unidos também acabou por causa da grande depressão de 1929, com o crash da bolsa de valores. Os estados dos EUA estavam quebrados e queriam a receita tributária do álcool.

DEFICIÊNCIA DA SEGURANÇA PÚBLICA NO BRASIL
Legislação e sistema penal inadequado. Bens de carros apreendidos do tráfico demoram 11 anos para serem leiloados. As fazendas do polígono da maconha não foram leiloadas. Muitos bens do Fernandinho Beira-Mar ainda não foram apurados.
Facilidade de se tirar outra identidade com nome falso.

PORTE OU TRÁFICO?
Argumento de que a decisão do juiz sobre a quantidade se é porte ou consumo seria arbitrária.
RESP: Não é verdade. O juiz não está completamente livre para arbitrar uma pena. Ele verifica os antecedentes criminais, as circunstâncias, os locais. Os tribunais podem modificar a pena.

DIFICULDADE DE ACESSO AO TRATAMENTO
Não é verdade que o modelo de criminalização impede o acesso do dependente. Ninguém é preso por procurar ajuda. Falta absoluta de estrutura para tratamento no Brasil.

INTERESSES FINANCEIROS
Altos executivos, como George Soros, estão financiando campanhas e investindo no mercado da legalização da maconha. A propaganda da maconha é semelhante à do cigarro na década de 60.

LIVRE-ARBÍTRIO
A droga tira a capacidade de a pessoa discernir corretamente. Nós vamos entregar uma arma pra quem quer se matar? O dependente químico é um doente. Se ele tiver acesso à droga, vai utilizar cada vez mais, comprometendo a sua saúde, sua vida e destruir sua família.
A Dra. Nora Volkow do NIDA diz que 50% da população tem tendência a desenvolver dependências.
Nosso corpo não nos pertence. Ele é uma espécie de outdoor porque o nosso exemplo influencia muito os nossos jovens

EXPERIÊNCIA DE OUTROS PAÍSES
COLORADO (EUA): Um dos casos analisados por Kevin Sabet é o do Colorado, que permite tanto o uso da "maconha medicinal" (desde 2001) como recreativa (a partir de 2014). No Estado, a venda da droga é proibida para menores de 21 anos. Mesmo assim, sete em cada dez adolescentes em tratamento contra dependência química admitiram ter usado maconha medicinal de outra pessoa –e, em média, isso ocorreu 50 vezes. Ainda no Colorado, Sabet afirma que o número de jovens entre 12 e 17 anos que usaram maconha cresceu de 8,15% (em 2009) para 10,47% (em 2011), bem acima da média nacional, que é de 7,55%. No caso de adultos no Estado, dobrou o número de motoristas que, sob o efeito de maconha, se envolveram em acidentes de carro com morte. O índice passou de 5% em 2009 para 10% em 2011.
Nos 19 Estados norte-americanos que permitem o uso de maconha em tratamentos médicos, Sabet diz que três em cada cinco estudantes do último ano do ensino médio conseguem drogas com "amigos". Só 25% compram drogas de traficantes ou estranhos. A margem de erro não foi informada. (KS)
O estado do Colorado já está com o dobro do consumo da média dos Estados Unidos (RL).

SUÉCIA E JAPÃO
Na Suécia, a política é de intolerância às drogas e o tráfico e tolerância e de acolhimento aos dependentes. Suécia e Japão são países onde tem baixo consumo de maconha. Ambos têm política mais restritiva ao uso. No passado, a Suécia havia legalizado o uso na década de 70, mas voltou atrás. Hoje praticamente não existe mais debate sobre legalização das drogas.

PORTUGAL
Em Portugal também aumentou o consumo de drogas.
Portugal não tem a pobreza nem o tamanho do Brasil e a educação é muito superior.
Investiu maciçamente em tratamento, prevenção, moradia, etc. para os dependentes.
Em Portugal depois de alguns anos, várias lojas, as chamadas smartshops foram fechadas por causa da morte de alguns usuários.
Hoje é possível comprar várias drogas nas ruas principais de Lisboa, inclusive maconha. Ou seja, o tráfico não acaba.
OUTRAS EXPERIÊNCIAS BEM-SUCEDIDAS:
Experiência da cidade nos EUA: comunidade envolvida c/ ótimos resultados (RL)
Estado de Utah nos EUA tem baixo índice de drogas: 70% da população é mórmon (RL)

FHC DEFENDE, MAS ADVERTE
Fernando Henrique Cardoso disse que o Brasil não está pronto pra implantar a legalização agora.

ALGUMAS AÇÕES PARA COMBATER A DROGADIÇÃO E A VIOLÊNCIA:
Prevenção.
Educação, especialmente de valores humanos: educação moral e não só intelectual. Combater o materialismo.
Voltar a utilizar a “justiça terapêutica”, que deu excelentes resultados.
Oferecer atividades e empregos p/os adolescentes.
Retomar o lado positivo da “censura”, coibindo apologia às drogas. Proibir propaganda de álcool.
Acelerar o leilão dos bens apreendidos.
O Brasil ter segurança pública, controle de fronteiras, nível superior p/os policiais, aumento do efetivo, capacitação e da qualidade dos servidores.
Reduzir a impunidade, com um sistema criminal rápido e justo. Investir em defensoria pública para os carentes, etc.
Implantar o RIC – Registro de Identidade Civil seguro (no Brasil, muitos bandidos usam identidades falsas)
Transformar as cadeias brasileiras em locais de capacitação, trabalho e estudo. Proporcionar tratamento da dependência e medicação para os detentos e tratamento diferenciado para mães com filhos menores.
Utilizar modelos de solução comunitária, com participação de toda a sociedade, etc.

FONTES: OMS – Organização Mundial de Saúde, NIDA – National Instute on Drug Abuse, Manifesto da Associação Brasileira de Psiquiatria - ABP, INPAD (Instituto Nacional de Políticas Públicas do Álcool e Outras Drogas) da UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo) LENAD - Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (2006 e 2012), UNIAD – Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas, Site www.maconhanao.com.br, entrevistas com especialistas na área, matérias na TV,
Palestra “Impacto da Legalização das Drogas” do sociólogo Kevin Sabet, especialista do Escritório de Política Nacional de Controle às Drogas do governo dos Estados Unidos que trabalhou para os governos de Bill Clinton, George W. Bush e Barack Obama (entrevista para UOL) http://www.uniad.org.br/interatividade/noticias/item/22086-descriminalizar-maconha-n%C3%A3o-afeta-tr%C3%A1fico-diz-especialista-do-governo-dos-eua
It  = Psiquiatra e educador Içami Tba
ABP = Associação Brasileira de Psiquiatria
KS= Kevin Sabet
RL= Psiquiatra e pesquisador Ronaldo Laranjeira


* O autor é conferencista internacional, bacharel em direito e administração de empresas, policial federal e especialista em dependência química, com vídeos de mais de quatrocentas palestras publicadas no youtube. Site: www.nazarenofeitosa.com.br.